terça-feira, 28 de janeiro de 2014

Divina por Engano

Título: Divina por Engano
Autora: P. C. Cast
Editora: Saída de Emergência

Sinopse:
Shannon Parker é uma professora de Inglês a aproveitar umas muito merecidas férias de verão. Ao fazer compras, encontra um antigo vaso com a figura de uma deusa celta muito parecida consigo. Shannon compra o vaso, mas nem sonha na aventura em que se irá meter.
Sem saber como, vê-se, de súbito, transportada para Partholon, onde assume o papel de Rhiannon, a Sumo-Sacerdotisa de Eponina. E apesar de todas as regalias e do tratamento de luxo - qual a mulher que não gosta de receber uns mimos? - ser deusa envolve um casamento ritual com um centauro e lutar contra os fomorianos, criaturas maléficas que tudo farão para travar o regresso da verdadeira deusa.
Conseguirá Shannon livrar-se deste sarilho e arranjar alguma forma de regressar a casa sem acabar morta, casada com um cavalo ou enlouquecida? É que ser divina, afinal, não é um mar de rosas!

Opinião:
Sim, já estou envolvida em várias sagas Fantásticas, sem fim previsível, que abrangem uma panóplia louca de seres mágicos. Entre bruxas, vampiros, lobisomens, caminhantes, fadas, elfos e deuses das mais variadas culturas - atlantes, celtas, vikings, romanos e gregos - achei que já tinha lido de tudo. Enganei-me.
O conceito básico de "Divina por Engano" faz lembrar algumas dessas séries que me vão conquistando aos poucos - uma mulher ordinária, igual a qualquer outra que, inadvertidamente, se torna extraordinária num universo paralelo, e com um centauro por marido. Ora, a ideia de um centauro por marido e, na minha opinião, a cereja que torna este bolo único...
Para além da ideia que parece um pouco tresloucada, dentro da loucura habitual deste tipo de trabalhos, o livro não parecia acrescentar muito. Mas estava com vontade de ler qualquer coisa do género e, por incrível que pareça, não havia novidades na minha estante das muitas séries que me têm acompanhado. Decidi experimentar e foi como aproximar fogo de um fósforo. Li o livro em dois dias. Não o acabei mais depressa porque tive que trabalhar, mas mesmo assim, dava por mim a analisar o enredo em pleno horário laboral. Isto é um feito em tanto!
A escrita de P.C. Cast é extraordinariamente coloquial, conseguir passar esse desprendimento num texto traduzido não é fácil, pelo que a tradução foi um trabalho excelentemente feito. Esta coloquialidade transforma o leitor num confidente, como se a história nos estivesse a ser contada por uma amiga que até lá tinha estado, enquanto bebemos um copo de belo vinho. 
A trama criada pela autora também não é tão simples como se poderia pensar à partida. A criação de uma ameaça verdadeiramente assustadora fez-me temos pelos heróis com taquicárdia associada e tudo!
E pronto, estou embeiçada. Mais uma colecção para juntar à panóplia que me acompanha nos meus retiros literários, mas ainda bem que a descobri!

Uma heroína simples, uma relação complicada e uns meninos maus mesmo maus! Juntem-lhe cascos, asas e alguma magia e eis a receita que fez de P.C. Cast o sucesso que é hoje! Não desapontará qualquer fã do fantástico romântico.

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