quarta-feira, 22 de outubro de 2014

O Marciano

Título: O Marciano
Autor: Andy Weir
Editora: Topseller

Sinopse:
Uma Missão a Marte. Um acidente aparatoso. A luta de um homem pela sobrevivência.

Há exatamente seis dias, o astronauta Mark Watney tornou-se uma das primeiras pessoas a caminhar em Marte. Agora, ele tem a certeza de que vai ser a primeira pessoa a morrer ali.
Depois de uma tempestade de areia ter obrigado a sua tripulação a evacuar o planeta, e de esta o ter deixado para trás por julgá-lo morto, Mark encontra-se preso em Marte, completamente sozinho, sem perspetivas de conseguir comunicar com a Terra para dizer que está vivo. E mesmo que o conseguisse fazer, os seus mantimentos esgotar-se-iam muito antes de uma equipa de salvamento o encontrar.
De qualquer modo, Mark não terá tempo para morrer de fome. A maquinaria danificada, o meio ambiente implacável e o simples «erro humano» irão, muito provavelmente, matá-lo primeiro. Apoiando-se nas suas enormes capacidades técnicas, no domínio da engenharia e na determinada recusa em desistir — e num surpreendente sentido de humor a que vai buscar a força para sobreviver —, ele embarca numa missão obstinada para se manter vivo. Será que a sua mestria vai ser suficiente para superar todas as adversidades impossíveis que se erguem contra si?
Fundamentado com referências científicas atualizadas e impulsionado por uma trama engenhosa e brilhante que agarra o leitor desde a primeira à última página, O Marciano é um romance verdadeiramente notável, que se lê como uma história de sobrevivência da vida real.

Opinião:
O livro mais viciante que li nos últimos tempos, de longe!
Então, Mark Watney foi deixado em Marte. A sua tripulação teve que abandonar o planeta vermelho e, julgando-o morto, partiu sem ele. Como devem imaginar, em Marte não passam muitos autocarros, não há nada para comer, o oxigénio é limitado, não há água potável e o clima não tem respeito pelos habitantes.
Os recursos ao alcance de Mark, apesar de limitados, fornecem-lhe flexibilidade suficiente para que a esperança não se esfume num ápice. Porém, a escassez de comida é um relógio em contagem decrescente, que o obriga a ponderar cada garfada.
Mark é botânico. Pode não parecer o tipo de conhecimentos mais úteis quando se está abandonado noutro planeta, mas pensem que o principal problema que vai enfrentar é a busca por sustento e conseguir gerir uma plantação de batatas foi a primeira demonstração da argúcia do herói (e do autor).
Toda o processo de raciocínio por trás de cada decisão de Mark é contado por ele próprio. O leitor consegue acompanhar e perceber, mesmo que não tenha grandes conhecimentos científicos, tudo é explicado de forma lógica e, de certa forma, emocionante.
Mark Watney tem um sentido de humor que se poderá classificar de negro e refinado. Assim, exprime os seus sentimentos com um à-vontade resignado, sarcástico e, ainda assim, ponteado pela esperança.
É impossível parar de ler, e deixou-me a pensar que daria um filme fenomenal. Aparentemente, Riddley Scott já pegou nas rédeas do projecto onde irá estrelar Matt Damon.

Primeiro e único livro de Andy Weir para já. Aguardo (im)pacientemente pelo próximo.

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